segunda-feira, 28 de junho de 2010

Rigor e Autarcia.

Este trabalho tem como base o recuperar de um ideal já quase esquecido por causa do aparecimento da globalização, e do homem que a aplicou em Portugal e que foi o governante, em termos financeiros, com maior sucesso em Portugal no século XX.
Trata-se do ideal da autarcia, que significa uma sociedade que se basta a si própria em termos económicos. Tem implícita a ideia de que um país deve produzir tudo aquilo de que necessita para consumir, não ficando dependente das importações.
O homem que aplicou com sucesso este ideal em Portugal foi, para muitos, o maior governante português do século XX.
Foi estadista, político e professor catedrático da universidade de Coimbra.
Em 1910, mudou-se para Coimbra para estudar direito.
Em 1914, conclui o curso de direito com a alta classificação de 19 valores e torna-se, dois anos depois, assistente de ciências económicas. Assumiu a presidência da cadeira de economia política e finanças em 1917, antes de se doutorar em 1918.
Com a crise económica e a agitação política da 1º república foi chamado, em Junho de 1926 para a pasta das finanças, passados treze dias renúncia ao cargo e retorna a Coimbra por não lhe haverem sido satisfeitas as condições que achava indispensáveis ao seu exercício.
Não era qualquer um que teria uma atitude destas, mas, também estou a falar de alguém fora do comum, falo-vos do Dr. António de Oliveira Salazar.
A 27 de Abril de 1928, após o fracasso do seu antecessor em conseguir um avultado empréstimo externo com vista ao equilíbrio das contas publicas, reassumiu a pasta, mas exigindo o controle sobre as despesas e receitas de todos os ministérios. Satisfeita a exigência, impôs forte austeridade e rigoroso controlo de contas, conseguindo um superavit, um “milagre” nas finanças públicas logo no exercício económico de 1928/29.
“ Sei muito bem o que quero e para onde vou.” – Afirmara denunciando o seu propósito na tomada de posse.
Foi ministro das finanças entre 1928 e 1932, procedendo ao saneamento das finanças públicas portuguesas, com base no rigor e no ideal da autarcia.

Na sua campa, entre outros escritos podemos ler:
“ O homem mais poderoso de Portugal
Do século XX e modesto sem igual
Nasceu humilde e humilde cresceu
Viveu humilde e humilde morreu
Medíocre é o povo que com ele nada aprendeu.”

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